Vídeo: Servidores fazem manifestação em frente a prefeitura por reposição salarial

Apesar de todas as tentativas da categoria para construir com o poder público uma solução consensual e razoável para suas pautas salariais, o prefeito Marquinhos Trad não ofereceu nenhuma garantia capaz de ao menos contornar a gravíssima crise causada pela deterioração da remuneração dos trabalhadores. Faz cerca de dois anos que os servidores públicos de Campo Grande não têm seus salários minimamente corrigidos e ajustados para suportar o peso da crise econômica, da inflação que retornou e dos impactos decorrentes da pandemia da Covid-19.

Sem outra alternativa, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sisem) deu início na quarta-feira, 26, a uma série de mobilizações, com protestos e até paralisação de atividades, na expectativa de persuadir o prefeito a reconhecer seus direitos. O presidente do Sisem, vereador Marcos Tabosa (PDT), explicou que o ato em frente à Prefeitura e à Câmara de Vereadores, ontem, evidenciou a disposição dos trabalhadores de lutar para assegurar justiça salarial e melhores condições de trabalho.

Participaram desta primeira manifestação os administrativos da Educação, agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, pessoal da referência 14B e motoristas da Secretaria de Saúde (Sesau). Marcos Tabosa informa que haverá nova manifestação dia 03 de fevereiro na Câmara Municipal, data em que serão decididos os vetos à insalubridade e à periculosidade e votados o plano de carreiras da Secretaria de Assistência Social e do plano de cargos e carreiras dos administrativos da Educação. “E daqui a 18 dias acontecerá outra manifestação, caso a proposta do Executivo não atenda os servidores”, avisa Tabosa.

“Além dos reajustes de salários e demais benefícios previstos em lei, como o pró-funcionário, reajuste no bolsa alimentação, reajuste na produtividade, no SUS extra, e nas incorporações, a categoria quer também exercer suas funções com segurança, sem qualquer forma de intimidação”, disse Tabosa. Ele recorda de um compromisso entre Marquinhos Trad e os vereadores, feito em março de 2021: “O secretário de Finanças, Pedrossian Neto, foi à Câmara a mando do prefeito pedir que fosse mantido o veto do Executivo aos adicionais de insalubridade e periculosidade, garantindo que até dia 30 de novembro daquele ano faria a regulamentação. Mentiram para os servidores do município, e isso nós não vamos aceitar”, enfatiza.

PROFESSORES PODEM ENTRAR EM GREVE

Educadores da Rede Municipal de Ensino ameaçam entrar em greve ainda no mês de fevereiro em virtude da incapacidade financeira do município de cumprir acordo (veja o documento no final desta matéria) celebrado no ano passado entre o prefeito Marquinhos Trad e a Associação Campo-grandense dos Professores – ACP.

Em documento assinado em agosto do ano passado, o chefe do Executivo Municipal assumiu uma série de compromissos sobre os quais já tinha conhecimento de que não seria possível cumprir, dada a situação falimentar em que sua gestão colocou a prefeitura.

O prefeito Marquinhos Trad alega não ter verba suficiente para atender o funcionalismo, embora esta não tenha sido a posição que vem adotando desde o primeiro mandato. Ele pode deixar o cargo em abril próximo para concorrer ao governo e, com isso, transfere para a vice-prefeita Adrianle Lopes (Patriota) a responsabilidade de resolver um desafio que vem arrastando até agora.

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