A convenção municipal do PDT não terminou como o partido queria. O vereador pedetista cassado e secretário de governo da gestão de Alcides Bernal (PP), Paulo Pedra, acusou a direção do partido de ‘sacaneá-lo’ e revelou tentativa da sigla de aproximar-se do atual prefeito.
Pedra queria que o partido o lançasse candidato a vereador, mas de uma lista de 25 nomes, incluindo o dele, apenas 16 foram escolhidos, deixando o ex-secretário de fora. Sobrou para o presidente estadual da legenda, deputado federal Dagoberto Nogueira.
“Não existe a possibilidade de eu não apoiar o Bernal, agora que meu nome não saiu, vou reunir meu grupo e fazer avaliação de tudo isso. Vou lançar meu filho como candidato a vereador do PP. Respeito a convenção, mas isso é uma sacanagem do Dagoberto, porque ele detém a maioria dos convencionados”, disparou Pedra.
Já Dagoberto ameaçou expulsar candidatos que não apoiassem a candidata do PSDB, vice-governadora Rose Modesto. “Nunca tivemos dois lados e todos que já tiveram (2 lados) nós colocamos para fora. O PDT vai manter compromisso com Rose”, respondeu o deputado.
Nos últimos dias o PDT chegou a ‘flertar’ com o PT, PSDB e até o PP. “Acho engraçado que há dois dias, na quarta-feira (3), eles mandaram uma proposta, através de mim, para o Bernal”, revelou Pedra.
O ex-vereador afirmou ainda que o ex-presidente regional do PDT, João Leite Schimidt, apoia o prefeito Alcides Bernal, sendo, inclusive, um eleitor do progressista. “Quero saber se ele (Dagoberto) vai expulsar o Schimidt”, questionou Pedra.
O presidente municipal do PDT, Ives Drosghic, rebateu as acusacoes do colega pedetista. “O Schimidt é nosso líder maior e tenho certeza que em momento algum ele vai contra o partido. O Pedra pode falar o que quiser, mas ele tem que respeitar o partido”, rebateu.
Sem chance no PDT, Paulo Pedra afirmou que vai reunir seu grupo e lançar um de seus filhos como candidato a vereador, no PP, partido presidido por Bernal.