Se você já ouviu “peguei um peixe desse tamanhão’” ou “era o maior peixe que já peguei na vida”, sabe bem o que é uma história de pescador. Eles sempre se gabam dos pescados, aumentam o tamanho, o peso e até a aparência do vertebrado, na brincadeira, é claro. Agora, quem quiser registrar essas narrativas e se livrar de vez dos olhares e das perguntas desconfiadas conta com uma rede social da pesca, o Phofish.
Um grupo de empresários de Campo Grande teve a ideia de reunir em só lugar as fotos de peixes de todo o mundo, peixe pequeno, grande, bonito ou feio. Desde então, o Phofish tem concentrado uma grande quantidade de verdadeiras “histórias de pescador”.
O Phofish é um site de relacionamento dos amantes de pesca, que visa a divulgação da biodiversidade e a preservação da natureza. A troca de informações e a interatividade dos pescadores possibilitam aos usuários o descobrimento de novos pontos de pesca pelos rios, mares e lagoas pelo mundo.
O site facilita o registro do pescado de forma que fica exposto para todos os usuários acessarem. “É como se fosse o ‘Facebook da pesca’, o intuito dele é unir os pescadores do Brasil e do mundo. Lá, além de você pôr a foto do peixe que você pescou, você pode pôr informações do peso, tamanho, localidade e outras informações como o clima, a temperatura etc”, explica o empresário Rodrigo Rolim, 37.
Presente em mais de 153 países, a rede social está no ar há dois anos e já conta com mais de 200 mil usuários. O aplicativo da rede social pode ser baixado em tablets e smartphones, disponível nas plataformas de vendas Android, iOS e Windows Phone.
O aplicativo que foi criado na Capital não visa apenas a postagem de fotos bonitas e diferentes, conforme Rodrigo, a rede social incentiva a preservação do meio ambiente e busca informar sobre a importância do pesque e solte. “A nossa intenção é mostrar que o peixe vivo é muito mais importante que morto, precisamos ter mais peixes nos rios e mares, afinal, nosso aplicativo vive de peixe, e eles fazem parte da natureza e contribuem para o equilíbrio da mesma”, conta.
O empresário lembra da falta de conscientização por parte da população e diz que iniciativas como essa podem amenizar a cultura de matar por esporte. “O pescador hoje em dia mata 20 peixes, desses, 18 vão ficar no congelador, vão estragar e depois de muito tempo vai ser jogado fora.
Não sou hipócrita a ponto de dizer que eu também não mato, mas apenas para o meu consumo, não tem necessidade de pescar quilos de peixe apenas para exibir, temos que preservar, cuidar para ter”, disse.