Assim que assumir a presidência da Câmara, o novo comandante da Casa de Leis terá que lidar com pelo menos três desafios: decisão sobre continuidade do bloqueio da pauta do executivo, definição de novo membro da Comissão de Ética e o agendamento da votação da Lei Orçamentária do Município. Sobre todos esses assuntos, o vereador mais cotado para assumir a presidência, João Rocha (PSDB), evita dar declarações.
Com a renúncia de Mario César (PMDB), que voltou ao cargo hoje (26), mas não será mais o comandante da Casa, os vereadores precisam escolher um novo presidente. A escolha está marcada para a manhã desta sexta-feira em sessão extraordinária.
O nome de consenso é de João Rocha, que evita falar sobre o assunto enquanto a escolha não se concretiza. “Se houver entendimento e consenso, estaremos preparados. A cidade precisa se reorganizar”, disse.
O vereador disse, ainda, que "não vou misturar PSDB com Mesa Diretora e não haverá interferência externa". Nos bastidores, se cogita influência da governo estadual.
Entre os desafios do novo presidente está a decisão sobre a continuidade do boicote a projetos de Alcides Bernal (PP) depois que ele não tomou providências sobre corte de comissionados e não respondeu a pelo menos 47 requerimentos dos vereadores.
Outra situação é a definição sobre a Comissão de Ética, já que João Rocha é presidente desse grupo e se for escolhido para presidir a Casa, terá de deixar todas as comissões que faz parte.
Se João Rocha sair mesmo da Comissão de Ética, a relatoria de processos que tramitam e avaliam quebra de decoro por parte de vereadores em caso de envolvimento em compra de votos fica nas mãos de Airton Araújo (PT), relator da comissão.
Flávio César (PTdoB), que atualmente ocupa o cargo de presidente, afirma que voltará ao posto anterior, de 1º vice, e que não tinha interesse em concorrer ao cargo que ocupou interinamento por 90 dias.