Muitos acreditam que os crimes migraram e os terminais de transbordo de Campo Grande se tornaram locais estratégicos para a atuação dos marginais. Enquanto há quem aposta no trabalho da Guarda Civil Municipal para combater os casos de violência, as vítimas se revoltam com o descaso público e destacam a falta de fiscalização adequada.
Alessandra Rodrigues, 25 anos, é apenas uma das pessoas que registrou boletim de ocorrência por passar por esse tipo de constrangimento. “Fui assaltada 07h10 dentro de um terminal lotado de gente e sem nenhum policiamento”, destacou em sua página pessoal, nas redes sociais. O comentário foi compartilhado entre amigos e ela recebeu diversas mensagens de apoio.
O que a indignou é que o indivíduo estava portando uma arma de fogo dentro do Terminal Morenão, para fazer ameaças e usando "camiseta de escola municipal". Ela resolveu publicar a mensagem para a população ficar mais atenta, já que o jeito será comprar outro celular e tentar esquecer o triste incidente. “…cidadezinha acabada…polícia zero…ladrões fazendo o que querem…população à margem…uma bela forma de começar o dia!!”, desabafou Alessandra ao dizer que não havia presença da GCM no local.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que é necessário fazer um levantamento aprofundado para descobrir se houve realmente aumento nos índices de assaltos em terminais. O sistema faz uma análise da qualificação do crime e não do local, o que demanda tempo. Mas, tudo indica, que com a ação da Guarda Civil Municipal os índices tiveram uma reduzida.
Após a denúncia, a equipe de reportagem do Top Mídia News resolveu apurar os fatos e encontrou a presença da Guarda Civil Municipal. No Terminal Bandeirantes, três deles estavam fazendo a abordagem em um indivíduo aparentando estar embriagado.
“Realmente tinha aumentado a violência, mas acho que com a Guarda diminuiu”, disse o aposentado Lucas Gomes de Freitas, de 74 anos, que percorre sempre a cidade de ônibus. Até a ambulante há 5 anos do Terminal Morenão, Custódia Malaquias Gomes, de 52 anos, é a favor da fiscalização. “Fora do terminal eu já vi violência, mas agora, acho que os assaltos acabaram aqui dentro”, disse.