As terras que atualmente compõem o município de Nova Andradina, bem como extensa área da região, foram colonizadas pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, pecuarista, homem dotado de extraordinária visão e de incomum habilidade. Iniciou seus trabalhos de colonização em Mato Grosso, por volta de 1938 ou 1939, quando adquiriu do Estado, a Fazenda "Caapora", que mais tarde passou a denominar Fazenda Primavera, localizada nas proximidades da formosa baía do Rio Samambaia, em plena selva, no Vale do Rio Paraná. Anos mais tarde, Moura Andrade estendeu seus domínios adquirindo as fazendas Santa Barbara, Baile, Xavante e Panambi.
Nova Andradina foi elevada a Vila, Distrito e Município em 1958. A primeira missa foi celebrada por Frei Luiz, na capela do Imaculado Coração de Maria, recém-construída na nova povoação. O primeiro estabelecimento comercial aí implantado pertencia a Kokey Itaya. O primeiro juiz de Paz foi Austrílio Capilé de Castro e a primeira escrivã foi a senhora Irman Ribeiro da Silva. Entre os anos de 1967 e 1969 o então prefeito, Alcides Menezes de Faria, trabalhou para trazer saneamento básico e energia elétrica à cidade.
A fazenda Baile pertenceu inicialmente a Henrique Barbosa Martins e depois a Domingos Barbosa Martins, ambos membros do clã dos Barbosa Martins que escreveram brilhantes páginas da história de Mato Grosso e constituem uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso do Sul. A fazenda Baile foi adquirida por Moura Andrade em 1951. No segundo semestre de 1957, destacou ele uma gleba da fazenda onde implantou os alicerces da cidade de Nova Andradina. Em seguida, procedeu ao loteamento de outras propriedades rurais, estabelecendo grandes vantagens para os adquirentes, o que determinou a vinda de grandes levas de migrantes, determinando rápido povoamento da região.