No domingo (6), enquanto a família preparava a festa de aniversário, o menino pediu ao pai para dar uma volta perto de casa, na Vila Nhocuné. Os dois saíram de mão dadas. De repente, passou uma moto em alta velocidade.
O motociclista fugia de ladrões que vinham logo atrás, em outras duas motos. Em seguida, apareceu diante das câmeras um carro escuro. Ao volante estava um policial militar à paisana, que chegou a perseguir os motoqueiros, mas parou quando ouviu gritos.
Um vizinho corria e o pai pedia socorro. Ele carregava no colo o pequeno Luiz Gustavo, ferido por um tiro. O policial levou o menino para o hospital.
O PM que estava de folga contou na delegacia que percebeu a ação dos bandidos – que tentavam roubar uma moto – quando passava por essa esquina da Avenida Itaquera com a família. Ele gritou que era policial. Foi aí que os ladrões passaram a atirar. Uma testemunha contou aos investigadores que foi o tiro disparado por um dos ladrões que atingiu o menino.
Os vizinhos que estavam na rua ficaram muito assustados. "Foi muito tiro mesmo, eu fiquei apavorada com aquilo", disse a moradora Claudire de Assis.
A tia de Luiz Gustavo não se conforma com a violência. "A violência aqui tá demais, é muito motoqueiro assaltando, é carro, toda vez aqui sempre tem gente falando fulano foi assaltado", disse Solange Ramos, tia do menino.
A família não autorizou o hospital a divulgar o estado de saúde de Luiz Gustavo.
A bala que atingiu o garoto foi encaminhada para a perícia no Instituto de Criminalística. A polícia já sabe que uma das motos usada pelos ladrões é roubada.
