Convocação urgente reúne secretários e prefeito para avaliar deficit milionári

A situação financeira da Prefeitura de Campo Grande foi assunto prioritário discutido na manhã desta sexta-feira pelo prefeito Marcos Trad e secretários municipais. A reunião teve por objetivo avaliar o quadro econômico e financeiro da administração municipal. Também foi apresentada as consequências que as fortes chuvas que atingiram a Capital nas últimas 48 horas trouxeram.

Conforme o secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, a prefeitura encerrou o mês de março com um deficit de R$ 34 milhões, valor que pode crescer. Ele foi incumbido de apresentar detalhado relatório em reunião que durou três horas.

De acordo com os estudos, os desajustes das contas públicas estão se acentuando desde 2014. O pagamento do salário dos servidores, por exemplo, só foi possível por meio do endividamento feito com atrasos de pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços.

“Chegará um momento em que as finanças ficarão insustentáveis”, previu o secretário de Finanças.
No final do ano passado, a dívida de curto prazo do município chegou a R$ 366 milhões.Na permanência desse quadro de deficits crescentes, haverá riscos de manutenção do atual calendário de pagamento dos salários. A conta a ser paga a fornecedores dos setores de educação e saúde também podem acumular-se ainda mais.

Em nota, o prefeito informou que pretende realizar rodadas de discussões com secretários, entidades sindicais e Câmara Municipal para decidir medidas de curto, médio e longo prazo.

“Estamos vivendo uma crise de proporções inimagináveis, por isso temos que nos adequar, para não prejudicar a população”, afirmou o prefeito.

O encontro de hoje abriu uma rodada de discussões entre os integrantes do primeiro escalão da administração municipal que vai continuar no final de semana.

PERTO DE MIL

O secretário Pedro Pedrossian Neto revelou na segunda-feira (17) que a dívida da Prefeitura de Campo Grande, com 900 fornecedores, está em R$ 4 milhões. Ele ainda indicou uma outra dívida mensal que totaliza R$ 30 milhões. Não foi especificado os credores desses atrasos.

Uma das propostas em discussão é ativar sistema para cobrar R$ 2,6 bilhões de Imposto Predial e Territorial Urbano, que equivale a 550 mil certidões de dívidas ativas. Essa medida envolve a contratação de uma empresa que faria o serviço usando recursos tecnológicos, como WhatsApp, telemarketing e mensagem de voz.

"Vamos influenciar o pagamento de forma amigável”, mencionou Pedrossian nesta semana, sugerindo que o recebimento de 15% a 20% da dívida já seria "bom negócio".

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