Um técnico em refrigeração de 24 anos foi preso suspeito de matar o filho de um policial militar, de 19, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Marcelo Deivid Pires de Siqueira efetuou seis disparos pelas costas em Pablo Emanuel Gomes Lopes, em frente à padaria da qual a vítima era dona. O motivo do crime seria a cobrança de uma dívida de R$ 400 relacionada ao conserto de uma moto após um acidente, contraída por um amigo do atirador. Ele e outro envolvido no crime estão foragidos.
Marcelo foi apresentado nesta sexta-feira (31). De acordo com o delegado Carlos Caetano Júnior, responsável pelo caso, ele confessou o homicídio, mas disse que agiu sozinho. No entanto, a polícia descarta a versão.
Ainda conforme o delegado, Pablo era amigo Rafael Divino, também conhecido de Marcelo. No último mês de dezembro, eles chegaram a viajar juntos para Silvânia, no sul de Goiás. Porém, foi durante este passeio que começou a rixa entre eles.
"Eles foram para lá na moto da vítima. Em dado momento, o Rafael pediu para dar uma volta, acabou caindo e estragando o veículo. Foi feito um orçamento que chegou ao valor de R$ 400. O rapaz prometeu quitar a dívida, mas nunca o fez", disse Caetano Júnior ao G1.
A partir de então, o microempresário passou a cobrar a valor, mas sem obter sucesso. Em janeiro, eles chegaram brigar por conta da situação. A avó de Rafael chegou a quitar o valor, mas, de acordo com a investigação, ele se sentiu "humilhado" e decidiu que mataria o jovem.
Rafael então chamou Marcelo e outro amigo, Rafael Resende, para cometer o homicídio. No último dia 2 de fevereiro, os três foram até o estabelecimento de Pablo e o executaram.
As investigações apontam que o trio agiu de forma "ousada", pois sabia que o pai de Pablo era policial militar e trabalhava na região. O delegado disse que Rafael Resende é líder do tráfico na região do Setor Jardim Curitiba, onde o crime ocorreu. Os outros dois suspeitos seriam seus comparsas na distribuição de entorpecentes.
A polícia ainda procura por Rafael Divino e Rafael Resende. Apesar de Marcelo ter efetuado os disparos, os três devem ser indiciados por homicídio e, se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.