Nesta semana, a delegação de Kickboxing de Mato Grosso do Sul trouxe 25 medalhas para o Estado da Copa Brasil de Kickboxing, que aconteceu entre 4 e 7 de setembro, em Maringá (PR). Os medalhistas garantiram a 7ª colocação geral da competição.
Ser bem-sucedido em competições tem uma ‘receita mágica’, que não é a sopa da Mamuska Sardinha – da família que ficou famosa na novela ‘Da Cor do Pecado’ (2004) -, que deixava o clã sardinha com força sobrenatural. Entre os medalhistas ouvidos pelo Jornal Midiamax, a fórmula é praticamente unânime.
Na Copa Brasil, MS conquistou oito ouros, 12 pratas e cinco bronzes. Um desses ouros é do lutador de Ponta Porã, Ian Andrwei Benites, de 29 anos. Segundo ele, a tal receita é dedicação, renúncia e foco.
“Não me considero um superatleta, mas conseguimos avaliar isto: se está treinando muito, treine o dobro. Se está treinando o dobro, treine o triplo. Fazer com dedicação aquilo que temos como objetivo”, revela o medalhista à reportagem.
medalhistas kickboxing
Ian é treinador e professor de Muay Thai (Fotos Arquivo pessoal)
Ian divide a rotina de treinos com o trabalho de treinador e professor de Muay Thai e esse cotidiano o ajudou a conquistar o ouro na Copa Brasil. “[…] já estamos vindo de uma rotina de treino bem acelerada nos últimos quatro meses. Não tem treino fácil com os meninos aqui da academia. Treinamos de duas a três vezes ao dia em calendário de competição, alternando entre treinos físicos, táticos e técnicos”, conta.
Depois, quando todo o trabalho está feito, basta aproveitar a emoção. “Sentimento indescritível. Sempre há um receio como atleta de estar em uma competição nacional, então você se ver em uma final e ainda mais que isto, estar medalhando em primeiro lugar […] Sensação única”, descreve Ian.
Dedicação e obediência
Há sete anos, a rotina de Débora da Rosa Santos, de 37 anos, é manter uma alimentação balanceada e treinar duas vezes ao dia, além do trabalho como cuidadora de crianças e a vida com os três filhos.
“De manhã eu trabalho, na parte da tarde faço dois treinos, das 16h às 18h e aí vou para academia dar aula. Trabalho em duas academias. Depois faço 7 km de corrida”, relata a lutadora, que também faturou o ouro na Copa Brasil.
Para tal conquista, a fórmula dela é dedicação e obediência. “Se dedicar o máximo possível e fazer tudo que nossos professores nos ensinam; sempre obedecer o que eles nos falam”, começa a medalhista. “É preciso acreditar nos nossos sonhos, acreditar que podemos ser campeões e sempre ser atletas que escutam seus professores […] E quando subir no ringue dar o seu máximo”, complementa com uma pitada de otimismo.
Além de tudo, o gosto pelo esporte já está criando raízes. A filha mais nova de Débora, Kinivin Francielly, de 14 anos, também luta e acompanha a mãe nos eventos esportivos. Além dela, a cuidadora também tem o Lucas Thiago, de 19 anos, e Ivwinin Yara, de 16.
E sobre o sabor do ouro: “É uma emoção muito forte. Uma adrenalina porque é uma competição onde só tem os melhores do Brasil e a gente conquistar um ouro é muita emoção. Nossos oponente são atletas muito bons e muito bem treinados”, detalha Débora.