Aflição de não saber notícia é a pior que existe, diz mãe de jovem sumido

As famílias dos brasileiros desaparecidos em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, estão desesperadas sem notícias dos jovens. Mauro Andilo Ocampos Lopes, 24 anos, e Oscar Ferreira Leite Neto, 30 anos, foram vistos pela última vez no domingo (5) no estacionamento de um shopping dentro da caminhonete de Oscar.

“Essa aflição de não saber notícia, de não achar um corpo, de não pedirem um resgate, de não pedirem nada é a pior que existe, porque a gente não sabe o que está acontecendo. A gente não sabe se estão judiando do meu filho, o que estão fazendo com o meu filho, a gente não sabe de nada”, afirmou Ninfa Noêmia Lopes, mãe de Mauro.

O jovem se mudou de Bodoquena (MS) para Pedro Juan Caballero havia seis ano para estudar medicina, mas trancou matrícula no ano passado por causa de problemas financeiros. Mesmo assim continuou morando na cidade paraguaia.
O desaparecimento dos jovens foi registrado na Polícia Civil de Ponta Porã e na polícia paraguaia e as duas instituições trabalham em conjunto na busca de informações. Segundo o subcomissário da Polícia Paraguaia Victor Lopez, eles estão ouvindo família e amigos e ainda não pistas do paradeiro dos rapazes.
Investigação
Oscar está com mandado de prisão em aberto por porte ilegal de arma, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Pai de Oscar, Eyde Jesus Rodrigues Leite, 60 anos, disse que o filho é investigado no caso de duplo homicídio ocorrido em Bela Vista, em abril de 2016.

Na época, dois corpos foram encontrados carbonizados na carroceria de uma caminhonete, perto do lixão de Bela Vista. As vítimas eram um policial civil de Campo Grande, de 36 anos, e o outro homem, de 56 anos, apontado pela polícia como pistoleiro do traficante Fernandinho Beira-Mar.

Questionado se o desaparecimento tem relação com a investigação do crime, o pai de Oscar disse que não pode afirmar.

“Meu filho é investigado nesse caso, mas até agora não teve prova contra ele, então, está parado [a investigação]. Eu seria injusto em falar a respeito, porque a gente nunca sabe das coisas, mas a única coisa que eu sei é que meu filho é um menino bom, esforçado, trabalhador, excelente filho e jamais vai praticar crimes hediondos”, afirmou Eyde Jesus.

Ele pede que qualquer informação sobre os jovens seja repassada para polícia dos dois países. "Qualquer notícia pode ajudar a achar nosso filho, porque vocês não sabem a dor que a gente está sentindo", lamentou.

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