Clamando por justiça, familiares e amigos de Wesner fazem nova manifestação

Mais de 30 pessoas, entre familiares e amigos do jovem Wesner Moreira da Silva, 17 anos, que morreu após sofrer violência com uma mangueira de ar compressor no início de fevereiro, realizaram na tarde desta sexta-feira (03) uma manifestação para pedir por justiça.

Conforme a mãe de Wesner, Mari Silva, o grupo de familiares e amigos espera que com a manifestação a Justiça dê andamento no caso e determine a prisão de Thiago Demarco Sena, 26 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, suspeitos do crime. "Nada foi feito até agora. Já faz um mês e está tudo parado. Estou há um mês sem meu filho dentro de casa. Ele estava trabalhando quando isso aconteceu. Trabalhando para conquistar seus sonhos e ajudar a família. Queremos justiça!", disse. 

Lamentando a morte do filho, Mari disse ao TopMídiaNews que a dor da perda aumenta ao saber que os autores do crime estão soltos. "São dois marginais soltos nas ruas. Enquanto eu não vê-los atrás das grades não vou sossegar. Não quero que outras famílias passem pelo o que a nossa está passando. Essa impunidade só aumenta minha dor", ressaltou.

Segundo a mãe de Wesner, o adolescente chegou a dizer no hospital que perdoava os criminosos, mas que queria que a justiça fosse feita e que eles pagassem pelo crime. 

A prima do adolescente, Patrícia Brites, 39 anos, afirmou que a família não deixará o caso cair no esquecimento. "Dizem que não tem motivos para pedir a prisão. Onde está a justiça? Uma vida já se foi! Nada vai trazê-lo de volta, mas ficaremos mais confortados com a prisão desses dois. Não vamos deixar cair no esquecimento", defendeu.

Após a morte de Wesner, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), chegou a pedir a prisão preventiva dos suspeitos, mas ela foi negada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Oliveira, da 1ª Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande.

Conforme o magistrado, a autoridade policial ''não trouxe uma fundamentação quanto a concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos''.  

De acordo com o Tribunal de Justiça, houve um conflito de competências acerca do caso, já que não se sabe se o crime vai ser tratado como lesão corporal de natureza grave ou homicídio por dolo eventual.  Se for considerado homicídio por dolo eventual, o caso fica na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Já se houver o entendimento de lesão corporal de natureza grave, a apuração será da 7ª Vara Criminal Residual de Campo Grande.

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