A atriz Klara Castanho se pronunciou sobre rumores que circulavam nas redes sociais associando seu nome a uma gravidez e posterior entrega do bebê para adoção. Na noite de sábado (25/6), Klara, que tem 21 anos, postou uma carta aberta em que conta que foi estuprada e, por vergonha e culpa, não foi à polícia denunciar o crime que sofreu.

Klara postou a carta nas redes sociais depois que a youtuber Antonia Fontenelle disse em uma live que “uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção” e que “não quis olhar no rosto da criança”. Durante a live, no entanto, Fontenelle não citou o nome da atriz, mas usuários das redes sociais logo fizeram uma associação.
Ainda na carta, Klara contou que a gestação aconteceu mesmo depois de ter tomado a chamada pílula do dia seguinte – um contraceptivo de emergência, que bloqueia a ovulação e dificulta a gravidez, mas não é 100% eficaz. Ela disse que estava menstruando normalmente e, por isso, não desconfiou que pudesse estar grávida, até passar mal e procurar um médico.
Segundo a atriz, entre a descoberta e o parto da criança, pouco tempo passou e, incapaz de criar o filho, optou pela doação do bebê, feita de acordo com todos os requisitos legais.
Logo após o parto, Klara contou que foi ameaçada por uma enfermeira. “No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente para me acolher e me proteger”, disse na longa carta publicada em seu perfil na rede social.
Possibilidade de interrupção da gravidez
Quando a gravidez acontece decorrente um estupro, como no caso de Klara, se a mãe desejar pode ter a gestação interropida legalmente. Mais dois casos de aborto são permitidos na legislação brasileiro: quando a gravidez oferece risco à pessoa gravida ou quando o feto é anencéfalo, sendo o último julgado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Estado de Minas