Uber deve ser regulamento na próxima semana em Campo Grande MS

O serviço de Uber deve ser regulamentado em Campo Grande na próxima semana. Operando na capital sul-mato-grossense desde setembro de 2016, o serviço de transporte individual a partir de um aplicativo de celular deverá ter motoristas e veículos cadastros, segundo decretado que será publicado pelo prefeito de Marquinhos Trad (PSD).

A empresa também deverá ter um escritório de atendimento na cidade e a contratação de seguro para carro.

"Não se trata da legalização, e sim da regulamentação do Uber na nossa cidade. Trouxe a simpatia popular pelos valores que são cobrados. Todavia, o que nos preocupa é a falta de segurança que esse serviço possa trazer ao cidadão campo-grandense", explicou o prefeito.

Cada município tem autonomia para estabelecer regras para qualquer tipo de transporte remunerado, individual ou coletivo.

A assessoria de imprensa da Uber disse que a falta de regulamentação nos municípios não significa que o serviço é ilegal e informou que a emrpesa paga impostos e que as atividades estão de acordo com a Constituição e com a Polícia Nacional de Mobilidade Urbana.

Mesmo assim, a empresa diz que manté contato frequente com os poderes Executivo e Legislativo dos municípios para viabilizar regulamentações pensadas nos benefícios que a tecnologia traz para as cidades e para as pessoas. No Distrito Federal, Em São Paulo e em Vitória o Uber já foi regulamentado.

Concorrência

O sindicato dos mototaxistas propõe que as exigências que a categoria tem sejam as mesmas para o Uber, inclusive com a obrigatoriedade de cursos e qualificação e pagamento de impostos.

"Não é só colocar a pessoa dentro do carro sem uma fiscalização, sem uma vistoria, sem nem saber que é o condutor. Então, preciamos ter essa qualidade", ressaltou o presidente Dorvair Boaventura, do sindicato dos mototaxistas.

Mototaxista há 17 anos em Campo Grande, Cléber Moreira dos Santos diz que o número de corridas caiu nos últimos cinco meses. Antes, ele atendia, em média, 15 passageiros por dia, agora, não passam de 6.

"Representou uma queda significativa, 70% a média do meu faturamento", afirmou o mototaxista.

Para Cléber e para os colegas de profissão, essa freada no serviço tem relação direta com o Uber na capital. A empresa começou a operar em setembro de 2016 e tem pelo menos 300 motoristas inscritos. Ela presta serviço de transporte individual a partir de um aplicativo de celular.

Os taxistas também reclamam da queda do movimento. O sindicato garante que as corridas caíram pela metade. Para eles, a regulamentaçaõ do serviço Uber também é o caminho mais curto para uma concorrência mais justa.

"Ela exerce na verdade a mesma função que o taxista faz, mas sem enhum tipo de regulamentação, sem nenhum tipo de critério", afirmou Bernardo Quartin, presidente do sindicato dos taxistas.

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