San Marino é um pequeno país. Tem pouco mais de 30 mil habitantes e 61 km de extensão territorial. É como se fosse uma ilha, está cercado por Itália de todos os lados e não tem saída para o mar, mas fica tão somente a 10 km do Mar Adriático. É o único país a conservar a tradição medieval das cidades-nações tão comuns entre os séculos 1000 e 1500.
Uma a uma, as cidades-estado foram desaparecendo – Veneza, depois Bolonha, logo após Milão…foi um efeito dominó. Menos em San Marino. Mantêm o italiano como língua oficial e, apesar de não ser membro da União Europeia, usa o euro como sua moeda. San Marino é enaltecido como a República mais antiga do mundo.
É lá que se elegem dois chefes de estado a cada seis meses. Eles são denominados "capitães-regentes" e dividem as responsabilidades do poder. Essa tradição vem do Império Romano que escolhia dois cônsules para que o poder não ficasse em mãos de uma só pessoa. Um capitão-regente mantêm o controle sobre o outro. Em San Marino essa escolha dual começou no longínquo ano de 1243. A troca de comando de seis em seis meses é, também, para que não se acumule poder.
Até 1945 a escolha dos dois capitães-regentes era feita através de sorteio. Hoje, é o Parlamento – denominado "Grande Conselho Geral" -, formado por 60 deputados eleitos pelo povo, que escolhe os dois poderosos.