Campo Grande vai receber R$ 81 milhões vindos do governo federal para serem investidos na saúde. O acerto foi firmado em reunião entre o secretário adjunto da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Victor Rocha, o prefeito da Capital, Alcides Bernal e o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Desse valor, R$ 67 milhões são investidos para melhoria de serviços de média e alta complexidade. De acordo com o secretário, esse repasse será anual e continuará sendo feito enquanto Campo Grande apresentar grande demanda de serviços prestados na saúde pública.
No momento, a Capital produz R$ 5 milhões por mês a mais do que recebe e é esse deficit que será coberto com o repasse do governo federal. No entanto, conforme Rocha, o deficit de R$ 67 milhões não ocasiona dívida, mas resulta em superlotação de hospitais e leitos, e em má qualidade dos procedimentos. O secretário-adjunto ainda afirmou que Campo Grande, apesar da dificuldade, aumentou a produção em detrimento desse repasse do governo federal.
De imediato, a cidade receberá 40% dos R$ 67 milhões e, dentro de um ano, receberá mais duas parcelas de 30% desse valor. “Campo Grande receberá em três parcelas o valor equivalente ao que o Hospital Regional e o Hospital Universitário produzem juntos em um ano. Porém, esse valor será destinado a toda rede hospitalar da Capital, em tudo que ela produz com relação a procedimentos de média e alta complexidade. Esse dinheiro será investido em ampliação de leitos hospitalares e nos CTIs (Centros de Terapia Intensiva), aumento de cirurgias de média e alta complexidades e na melhoria da qualidade dos serviços”, explicou Rocha.
Além desse valor de R$ 67 milhões, Campo Grande também receberá do governo federal cerca de R$ 10 milhões, que serão destinados para procedimentos oncológicos, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninhas, Leblon e Santa Mônica, unidade de acolhimento a dependentes químicos e Caps III (Centro de Atendimento Psicossocial). O governo ainda destinará quase R$ 4 milhões à Santa Casa de Campo Grande.
Somando todas as verbas, a cidade receberá R$ 81 milhões do governo federal anualmente.
Segundo o secretário-adjunto, apesar da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que limita o investimento do governo federal em gastos públicos, não há chances de esse valor ser cortado. “Esse valor é um recurso regular e automático. Já está no Orçamento do governo federal. Estamos garantindo o investimento para os próximos anos. O Bernal vai trabalhar até dia 31 de dezembro de 2016 para viabilizar a saúde pública. Até o final do mandato estaremos trabalhando firmes” conclui Vict